A Ordem dos Advogados (OA) denunciou, através de comunicado, o que considera ser “um violento ataque aos advogados portugueses” desferido pelo CDS ao propor a obrigação de exclusividade aos deputados à Assembleia da República.
O comunicado refere ainda que, sob o pretexto de combater a corrupção e o enriquecimento ilícito, os centristas apenas conseguem “colocar em causa a sobrevivência de muitos advogados”. Pormenorizando, a OA afirma: “face aos parcos rendimentos dos deputados, há dezenas de advogados que se vêem obrigados a ter outro emprego num escritório de advocacia com nítido prejuízo e sacrifício da sua vida pessoal e familiar”. Se esta proposta for aprovada, a OA antevê “períodos sombrios para os advogados portugueses que, como se sabe, tudo fazem para manterem um nível de vida digno da sua profissão”.
O CDS, alarmado com esta tomada posição, vai propor que, no âmbito dos apoios do Estado e situações de excepção (como a pandemia do COVID-19), os advogados possam também candidatar-se ao programa APOIAR que nos últimos meses tem sido essencial para a sobrevivência de restaurantes e similares.
NC